segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pausa...

Após um longo período de ausência, resolvi partilhar com vocês esse texto que recebi... bem interessante... Aproveitem!

 
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A DIETA DA SIMPLICIDADE 

Cada semana, uma novidade. A última foi que pizza previne câncer do esôfago. Acho a maior graça. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas, peraí, não exagere...
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.
Prazer faz muito bem. Dormir me deixa 0 km. Ler um bom livro, faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas, depois, rejuvenesço uns cinco anos ! Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de ideias !
Brigar, me provoca arritmia cardíaca. Ver pessoas tendo acessos de estupidez, me embrulha o estômago !
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano...
E telejornais... Os médicos deveriam proibir... como doem !

Caminhar faz bem, namorar faz bem, dançar faz bem, ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem: você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.

Acordar de manhã, arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite, isso sim, é prejudicial à saúde. 

E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda.

Não pedir perdão pelas nossas mancadas, dá câncer, guardar mágoas, ser pessimista, preconceituoso ou falso moralista, não há tomate ou muzzarela que previna!

Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau !

Cinema é melhor pra saúde do que pipoca.

Conversa é melhor do que piada.

Exercício é melhor do que cirurgia.

Humor é melhor do que rancor.

Amigos são melhores do que gente influente.

Economia é melhor do que dívida.

Pergunta é melhor do que dúvida.

Sonhar é o melhor de tudo e muito melhor do que nada !
 
(Luís Fernando Veríssimo)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Para Refletir...


Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.  De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.
 
Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa:
- "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou:
- "Você não é homem!" 

Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouví-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.
Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.  
 
Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente.

Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.
 
No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.  Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possivel. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para prepar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.
 
Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.
 
Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda:
 - "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio",disse  Jane em tom de gozação.
 
Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo:
- "O papai está carregando a mamãe no colo!" 

Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho:
 - "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" 
Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.
 
No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.
 
No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.
 
No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.
 
Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse:
 - "Todos os meus vestidos estão grandes para mim".
Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.
 
A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.
 
Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse:
 - "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". 
Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.
 
Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras:
 - "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".
 
Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela:
 - "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".
 
Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa:
 - "Você está com febre?" 
Eu tirei sua mão da minha testa e repeti:
 - "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.
 
A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.
 
Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi:  
 - "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".
 
Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.

Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.
 
Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto.
 
Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, encontre tempo para ser amiga de seu marido, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. 

Tenham um casamento real e feliz!
 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Aos Amigos

Escrevo para compartilhar textos de amizade com meus amigos...
Amo vocês!!!
Beijos da Lu!

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ENTRE AMIGOS

Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina, emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa, passar cola, caminhar no shopping, segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito.

Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos.

Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo construído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos.

Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos.

Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta.

Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país.

Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu.

Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.

Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado.

Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, segura o elevador.

Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.

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PEDIR EM AMIZADE

Uma vez uma menininha de uns oito anos se aproximou de mim e disse: "eu queria pedir tua filha em amizade". Ela já andava rondando a casa, pois havia percebido a presença de uma criança da idade dela e estava louca para brincar, mas achei de uma singeleza ela "pedir" para ser amiga da minha filha, como se pedia em namoro duzentos anos atrás.

Crianças têm esse hábito. Lembro que, no tempo do colégio, às vezes alguma menina se aproximava e pedia: posso ser tua amiga? Geralmente era alguém desenturmado, que não conhecia outra maneira de criar laços a não ser solicitando formalmente. Raramente dava certo, pois amizade é uma coisa que se constrói devagarinho, depois de muitas emoções vivenciadas em conjunto...

Mas se fosse fácil, se bastasse pedir, eu saberia pra quem. 
[...]
Eu gosto de pessoas inteligentes que enxergam o mundo com humor. Não precisa ser famoso. Tem muitas pessoas em quem eu bato o olho e penso: deve ser legal ser amiga dele. É gente que não carrega o mundo nas costas, que fala olhando nos olhos, que não se leva tão a sério, que é franca na hora do sim e na hora do não. É difícil sacar as qualidades de uma pessoa sem antes conhecê-la, mas intuição existe pra isso. Tenho vários amigos que enriquecem minha vida e se encaixam no meu conceito de "pessoas especiais", mas meu coração é espaçoso e está em condições de receber novos inquilinos [...]

(Martha Medeiros)

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Loucos e Santos

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
[...]
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão [...]


(Oscar Wilde)
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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Pensamentos

Sabemos que tudo o que acontece à nossa volta, seja bom ou ruim, contribui para a formação de nosso caráter...

Nos últimos dias tenho pensado muito sobre os fatos que tem 'construído' minha vida e como conseqüência, tenho mudado muito (as pessoas que me conheciam estão estranhando o reflexo de tudo isso e, particularmente, acredito que estou melhorando!).

A verdade é que, diante disso tudo, algo me inquieta: por que as pessoas (inclusive nas igrejas e os que dizem conhecer a Bíblia) dão mais valor à aparência do que ao coração? Por que dão mais valor aos ritos do que às pessoas? Por que aqueles que significam algo pra nós tem mostrado que se importam apenas consigo mesmos?

Compartilho um trecho de um texto do Rev. Hernandes D. Lopes que trata um pouco sobre o assunto: "...os fariseus gostavam de tocar trombeta sobre sua santidade. Eles aplaudiam a si mesmos como os campeões da ortodoxia. Eram os separados, os espirituais, os guardiães da fé. Mas por trás da máscara de santidade escondiam um coração cheio de ódio e impureza. Eram sepulcros caiados, hipócritas, filhos do inferno. Os legalistas são impiedosos com as pessoas. Censuram, rotulam, acusam e condenam implacavelmente. Não são terapeutas da alma mas flageladores da consciência. Colocam fardos e mais fardos sobre as pessoas... atravessam mares para fazer um discípulo, apenas para torná-lo ainda mais escravo do seu tradicionalismo. Na Bíblia há um relato de que trouxeram uma mulher apanhada em flagrante adultério e lançaram-na aos pés de Jesus. Não estavam interessados na vida espiritual da mulher, nem nos ensinos de Jesus. Queriam apenas servir-se da situação para incriminar Jesus..."

Estou farta de tanta hipocrisia... Pra ser bem sincera, estou enojada...

Verdadeiramente espero que dias melhores venham... De um jeito ou de outro, eles virão!!!

Por fim, ao ler pra meu querido Marcos o que compartilharia com vocês, ele me lembrou que: "Aquele que começou a boa obra em nós, a aperfeiçoará até o dia de Cristo Jesus!"

É isso!!
Um grande abraço!

Lu

domingo, 24 de abril de 2011

Epifania??

O texto a seguir não é meu, o encontrei em uma de muitas leituras... Mas me fez refletir... Gostaria de partilhá-lo com vocês, meus colegas de pensamentos na "esperança" de novas percepções ou epifanias...

"... Nascemos humanos mas nem sempre nos portamos como seres humanos. A ausência da sensível piedade e o não mostrar-se humano frente aos semelhantes tem nos externado tal des-humanização ao longo do tempo. A dor do outro que deixou de ser relevante. A truculência aos menos favorecidos. A altivez dos poderosos. As palavras que premeditadamente dilaceram corações. O lavar das mãos frente à decisões importantes. A ingratidão como resposta. A vingança como retorno. E tantas outras coisas que chegam ao nosso cotidiano e que pra muitos já se tornaram instintivas. Seriam estas atitudes convenientes? Será que de fato nos satisfazem realizá-las em paga das afrontas? Será que por não me afetar diretamente o melhor é fingir que não estou vendo?..."   (AD)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Medo e Crença


Existe uma relação entre medo e crença.
Quando dizemos que cremos é porque acreditamos em algo, temos aquilo como verdadeiro. Todo mundo crê em alguma coisa (até os que se dizem incrédulos acreditam que não acreditam, não é?).
O mesmo ocorre com o medo. Todos temos algum tipo de medo. O medo comum vem de estímulos reais de ameaça à vida, o que acaba sendo uma reação de proteção e preservação da integridade individual e coletiva. Pode ser até saudável se for traduzido por sabedoria, juízo e prudência. As variadas situações de medo exigem discernimento, pois o medo irracional toma conta da nossa consciência e nosso inconsciente não diferencia o que é real e o que é fantasia. Assim, o medo se torna doentio, pois oprime a vida da pessoa, lhe roubando a liberdade e a razão e a paralisando no caminho da fé e da conquista.
Sempre fui muito “crédula” e me arrisco a dizer que muitas vezes fui até ingênua! (mas esse é assunto pra outro post...). Por me apegar facilmente a pessoas e coisas, já “quebrei muito a cara”. Meu marido brincava dizendo que eu acreditava até em Papai Noel...
Confesso também que tenho alguns medos, uns foram mais simples de serem vencidos do que outros... Medo de quase todo bicho que se mova (hahaha... a barata é padrão), medo de altura, medo de perder as pessoas que eu amo, medo de ser inconveniente, medo de pessoas que não aceitam ser contrariadas, medo daquelas que acham que estão sempre certas, medo de certos tipos de carência... Enfim, medos!
Entretanto, no decorrer desses meus 38 anos de vida (com carinha de 20, convenhamos... hahaha!), aprendi com variadas experiências que a base para abortarmos o medo é crendo! Isso mesmo, crendo!
Opa, parece incoerência? Não...
Precisamos acreditar no que vale a pena... Se pautarmos nossa vida na Palavra de Deus, buscando vivê-la e se buscarmos conhecer a Deus e ter uma visão clara Dele, de quem Ele é, a revelação de que Ele é o centro e a razão de todas as coisas e se galgarmos com Ele em comunhão, poderemos ter certeza de que mesmo que o mundo desapareça debaixo de nossos pés, estaremos agarrados e sustentados em Suas mãos, e assim, venceremos nossos medos!
É nas horas mais difíceis que Deus se amplia. É nessas horas que começamos a conhecer mais a Deus. Esse bem precioso e maravilhoso começa a se ampliar na nossa frente na hora da luta, das tribulações, do medo! Tudo o que é natural acaba, tudo o que confiamos neste mundo acaba, mas quem conhece a Deus jamais será abalado. E aquilo que o diabo veio tentar roubar, matar e destruir é revertido em benção!
Preciso dizer: não acredito mais em Papai Noel... Ah, e não tenho mais tantos medos...
Um abraço grande e até!
Lu





sexta-feira, 8 de abril de 2011

Divisão

Divisão: o que essa palavra quer dizer?

São muitas as possibilidades de interpretação... Assim, gostaria de "trocar uma idéia" com vocês, amigos que me "honram" lendo meus posts sobre duas delas.

1. Na Matemática
De acordo com a Wikipédia, a divisão(÷) é a operação matemática inversa da multiplicação.

Uma divisão sempre envolve a escolha de critérios para dividir. Vejamos algumas questões que propiciam essa discussão:

A) Repartir 10 bolas de futebol entre 4 pessoas.
Não foi exigido que a divisão fosse feita em partes iguais, então, temos muitas maneiras de fazer a distribuição:
- 3 pessoas com 3 bolas e 1 pessoa com 1 bola;
- 2 pessoas com 2 bolas e 2 pessoas com 3 bolas;
- as 4 pessoas receberam 2 bolas cada uma e ficam sobrando 2 bolas;
- cada pessoa recebe 1 bola e ficam sobrando 6 bolas;
- 3 pessoas com 2 bolas e 1 pessoa com 4 bolas; etc.

B) Distribuir 10 bolas de futebol entre 4 pessoas de modo que todas recebam a mesma quantidade de bolas.
Neste caso temos duas possibilidades:
- cada pessoa recebe 1 bola e sobram 6 bolas;
- cada pessoa recebe 2 bolas e sobram 2 bolas.

C) Distribuir 10 bolas de futebol entre 4 pessoas de modo que todas recebam a mesma quantidade de bolas e sobre o menor número de bolas. Neste caso só há um modo de repartir: 2 bolas para cada pessoa e ficam sobrando 2 bolas.


2. Na Música
As figuras musicais são: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa. Elas representam a duração do som ou do silêncio - para cada figura de som existe uma figura de pausa (silêncio) correspondente.

Mas afinal, quanto tempo valem a mínima, semínima, a colcheia,... e suas respectivas pausas? A resposta é: elas não possuem tempo fixo, existe uma relação entre elas (pra quem aprendeu um pouquinho de música com a "Tia Maricota" que disse de pés juntos que a semibreve valia 4, esqueça essa estória! Mas calma, não arranque os cabelos!! Qualquer coisa, indico uma excelente professora de música... Hahaha). Bem, explicando o ponto de nosso post, a semibreve é a figura que compreende todas as outras e é tomada como unidade no que chamamos DIVISÃO Proporcional dos Valores. Ou seja, uma semibreve vale duas mínimas; uma mínima vale duas semínimas e assim por diante. Em suma a relação de dobro e metade é o que ocorre!


Escolhi essas duas possibilidades de emprego da palavra DIVISÃO porque há muita relação entre música e matemática, inclusive brinco com meus alunos quando há dificuldade em entender algum item desses que vou montar um cursinho de Kumon... Rs

Bom pessoas, em suma, quero resumir estes breves pensamentos compartilhados com vocês numa frase dita hoje no Jornal da CBN por Fausto Amarante, Presidente da Sociedade Capixaba de Psiquiatria: "O ser humano tem uma tendência de procurar o lado para desvalorizar o outro."

Ah, e só pra não esquecer, comentem, acho super saudável, apenas não publicarei comentários baseados em falácias, o que "by the way" é bem óbvio!!

Um grande abraço e até!